O Brasil que dá certo! Uma mensagem de esperança

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Quero começar essa semana tão verde e amarela parabenizando a todos nós, brasileiros incansáveis, que seguimos firmes em defesa de um país mais justo e não desistimos de lutar por uma democracia em que reine a honestidade e a ética.

Eu sempre acreditei que o Brasil dá certo em um monte de coisas e hoje amanheci mais confiante nisso do que nunca.

Primeiro porque, desde criança, eu escuto as pessoas dizerem em tom de brincadeira “que Deus é brasileiro” e devo confessar que sempre levei isso meio a sério, como se tivesse um pontinho de razão.

E com essa ajudinha de Deus, quem pode segurar o Brasil?

Aqui temos clima bom para qualquer tipo de plantação que se deseje fazer, água em abundância e com potencial de jorrar com mais intensidade se fizermos os devidos investimentos, tem petróleo jorrando e tem principalmente um elemento que faz a diferença: nossa gente brasileira. Um povo criativo, que quando se dispõe a fazer alguma coisa, faz bem feito, desde qualquer tipo de produção industrial até movimentos sociais para “fazer uma faxina na estrutura política do país”. (De fato, aqui só não fazemos bem feito quando não queremos!)

Nós construímos fábricas, prédios, novos produtos e… novas possibilidades de ousar!

Quando eu comecei a trabalhar, (há quase 60 anos!), tudo o que eu aprendia sobre fabricação de papel nas minhas andanças pela Europa e Estados Unidos, quando retornava ao Brasil, eu fazia uma reunião com o pessoal porque precisava vender a ideia e sabem o que acontecia? No momento em que eles “compravam” a minha ideia, a mágica se fazia presente e viabilizávamos projetos vencedores, que nos diferenciavam em nosso mercado de atuação.

É isso que acontece… brasileiro quando se junta de comum acordo é capaz de fazer coisas incríveis! Ainda bem! Porque ninguém faz nada sozinho, seja para fazer uma comida apetitosa ou para erguer uma fábrica de grande porte. Precisa o primeiro passo de desenvolver a ideia e depois torná-la real, com a anuência de todos os envolvidos. (Quando ela não existir, precisa mexer, depurar as divergências até que todos estejam na mesma sintonia, porque só assim as coisas funcionam e passam da teoria para a prática: onde todos combinam, escrevem e assinam embaixo.)

Eu vou dar um exemplo bem interessante que aconteceu em meados dos anos 40, por volta dos meus 7 anos, quando nós tínhamos que importar celulose dos Estados Unidos/Europa para fabricar papel. Isso aconteceu até o momento que a família Feffer, Leon e seu filho Max, começaram a usar o eucalipto como matéria-prima para fazer a celulose de fibra curta e mudaram o rumo da história.

No começo eles foram muito criticados, mas com o passar do tempo o resultado foi tão excepcional que hoje eles alcançaram o topo do universo da celulose e a Suzano se tornou a maior fábrica de celulose de fibra curta do mundo!

Vale citar também o empenho da família Klabin no desenvolvimento da celulose feita de pinus e fibra longa.

O que podemos tirar disso?

Aqui no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, tudo aquilo que se faz com seriedade e honestamente, aplicando as técnicas de quem sabe mais, de quem pesquisa até a exaustão e se valendo dos crescentes recursos tecnológicos disponíveis dá certo, sim! O mercado de papel e celulose está aí para exemplificar isso ao vivo e em cores.

A realidade brasileira hoje é que exportamos muito mais celulose do que consumimos internamente. Por que isso acontece? Porque a matéria-prima cresce e amadurece em menor tempo do que em terras europeias ou americanas, propiciando possibilidades infinitas de fabricação de todos os tipos de papéis, o que significa um ciclo constante de renovação.

Hoje fabrica-se todos os tipos de absorventes higiênicos e fraldas  com celulose de fibra curta!

E os números não me deixam mentir…

Produção de celulose fibra curta e longa/2018 = 21 milhões de toneladas

Estimativa de exportação/2018= 14,5 milhões de toneladas

Produção de papéis variados = 10 milhões de toneladas

Produção Papel Cartão = 700 mil toneladas

E não foi só no mercado de papel e celulose que houve esse boom. A partir do pós-guerra, início dos anos 50, houve um grande desenvolvimento em todos os setores industriais do Brasil: automobilístico, químico, farmacêutico, têxtil, alimentício e por aí vai.

Esse impulsionamento começou no governo JK e embora muita gente diga o contrário, ganhou força (sem nenhum trocadilho) no governo militar, de quem não tenho absolutamente nada a falar mal, muito pelo contrário.

Nestes tempos pós PT, os negócios estão longe dos patamares desejados, mas tendem a melhorar de acordo com avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) feita há poucos dias do segundo turno da eleição e essa avaliação coincide com o estado de espírito de grande parte do empresariado.

A esperança de alguma prosperidade é o componente positivo do Índice de Confiança do Empresário Industrial divulgado nesse mês de outubro. Esse indicador subiu 0,9 ponto entre setembro e outubro e atingiu 53,7.

Isso é maravilhoso? Ainda não, continua inferior à média histórica de 54,1 pontos nos seis anos a partir de outubro de 2012. Mas não podemos esquecer que em maio tivemos o bloqueio das rodovias por transportadores e esse bloqueio prejudicou a produção e a distribuição de mercadorias, afetando severamente empresas e consumidores.

Fazer o quê? Bola pra frente!

O que desejo é que esse resultado final da eleição presidencial permita que, em poucos dias, tenhamos uma avaliação mais segura das perspectivas da política econômica e da recuperação – ilusória ou sustentável – dos negócios a partir de 2019.

Que a onda da esperança verde amarela se mantenha com força e impulsione o nosso país a patamares nunca antes imaginados.

Eu sigo acreditando no Brasil e vou fazer a minha parte, como sempre fiz.

 

 

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