A importância de saber se adaptar às novas realidades

Tempo de leitura: 4 minutos

No último post publicado, eu falei sobre os benefícios de estabelecermos vínculos de amizade com pessoas de idades variadas e de como a paciência é uma habilidade vital para mantermos o equilíbrio físico, emocional e mental.

Na prosa de hoje, quero ressaltar uma outra habilidade que também é muito importante para o nosso processo de amadurecimento: aprender a se adequar às novas condições que a vida vai nos impondo quando a idade vai avançando, sem perder a PACIÊNCIA e o BOM HUMOR.

Vou contar uma historinha curta e que ilustra muito bem como perceber a necessidade de se adaptar a uma nova circunstância aumenta a velocidade de raciocínio, ajuda na tomada de decisão e nos torna mais resistentes à frustração.

Há 2 anos eu estava tranquilamente andando pelo bairro do Brooklin, em São Paulo, pilotando a minha Harley Davidson que pesava cerca de 400 quilos, quando de repente levei uma fechada de um carro que não me enxergou.

Eu me assustei e tive que fazer uma força sobrenatural para não me desequilibrar e bater no carro dessa pessoa, em um outro veículo qualquer que estivesse por perto ou cair no chão.

Adiantaria xingar, culpar o motorista distraído ou bater boca acusando-o de sem noção?

Não! A situação já havia acontecido em tempo real e graças a Deus eu havia conseguido me safar. Só que, pensei com os meus botões: “Opa! Isso foi um sinal de que eu preciso me adaptar melhor às minhas limitações. Quase que não consegui me equilibrar e poderia ter me machucado seriamente.”

O que eu fiz?

Em vez de ficar pensando que aquele motorista não deveria guiar, que era um irresponsável desatento perdido pelas ruas, eu entendi que de fato ele não me enxergou, não fez de propósito e nem de má-fé, mas eu não tinha mais a habilidade de segurar uma moto tão pesada! Logo, se quisesse continuar andando de moto, de forma segura, precisaria tomar uma atitude e foi o que fiz: vendi a Harley modelo Electra e comprei uma outra HD, modelo Heritage, que é 120 quilos mais leve.

Não deixei de andar de moto por causa desse incidente, mas entendi que precisaria me adaptar a uma nova realidade se quisesse manter o hobby que aprecio desde menino, que me dá o maior prazer e me faz tão bem!

Com o correr dos anos, temos que criar coragem para admitir quando precisamos mudar a forma de fazer algo ou a estratégia para atingir o nosso objetivo final.

Como bem disse Euclides da Cunha, no clássico Os Sertões, “viver é adaptar-se!” e é acreditando em nossa força e no nosso potencial que vamos descobrindo as mudanças necessárias para vivermos de bem com a vida e com o que ela trouxer.

E POR FALAR EM MOTO…

No final de junho eu viajei de moto para Tiradentes com os meus amigos Italo e Dalson.

Seguimos pela estrada Real, pegamos a Dutra até a entrada de Minas Gerais, passamos por São João Del Rei e chegamos no nosso destino, onde encontramos Jorge e Emília, Dirceu e Márcia, Ana Pacini com Zequinha e Anete.

Eu fui pilotando a minha BMW 1200 GS na primeira posição, à frente do grupo e ainda brinquei com eles:

_ Vocês não têm vergonha de deixar o cara mais velho puxar o grupo?

(E olha que às vezes eu tinha que parar e esperar o grupo… com a maior paciência! kkkkk)

O objetivo da viagem, além do passeio pelas estradas, era participar de um encontro de motociclistas que foi criado pela Harley Davidson há cerca de 20 anos e hoje se transformou em uma Bike Fest, um evento que é considerado um dos maiores encontros das duas rodas do Brasil e atrai caravanas de motociclistas de todo o País, pois expõe os últimos lançamentos de motos e acessórios.

Era um verdadeiro mar de motos em Tiradentes, Minas Gerais! Então só nos restou a possibilidade de nos locomovermos de carro com os amigos Jorge e Dirceu, para passearmos pelos arredores da cidade e batermos o ponto nos restaurantes mineiros da região.

Anete, Ana Pacini, Italo, Jorge, Dante, Angela, Dalson, Dirceu e Márcia. Confraternização em Tiradentes, Minas Gerais

Na volta, meus companheiros de viagem foram Zequinha e Dalson.

O trajeto pela estrada, tanto na ida quanto na volta foi uma delícia e esse grupo de amigos que viajou comigo é divertidíssimo.

Só posso finalizar dizendo uma coisa: que venham muitas outras viagens com essa boa energia.

 

1 comentário


  1. Se adaptar é um grande desafio, poucos conseguem o importante é não resistir nem desistir.

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