Quem teme o sofrimento já sofre por antecipação

Tempo de leitura: 4 minutos

“O homem que sofre antes de ser necessário sofre mais que o necessário”

Sêneca

O título dessa postagem, inspirado na frase em destaque acima, atribuída ao filósofo estoico Sêneca, é para nos lembrar a importância de vivermos no presente e não nos preocuparmos excessivamente com o futuro.

O medo do sofrimento é comum entre todos nós, seres humanos, mas quando esse medo se torna uma preocupação constante, pode acabar gerando um sofrimento antecipado, que muitas vezes é desnecessário e prejudicial.

A vida é repleta de desafios, dificuldades e muitas vezes não temos controle sobre o que nos acontece. No entanto, podemos escolher a forma como lidamos com essas situações, sem gastar energia na antecipação do sofrimento e nos concentrando em encontrar soluções para enfrentar as adversidades de frente.

Eu aprendi algumas coisas sobre isso:

– Aceito que a vida não é perfeita e que vou enfrentar dificuldades para lidar com adversidades, mas não posso desanimar. O dia pode começar não muito receptivo e acabar trazendo uma notícia animadora para o problema.

– Procuro manter uma perspectiva positiva, lembrando que cada desafio pode ser uma oportunidade de crescimento pessoal.

-Em vez de me sentir sobrecarregado com os problemas, eu os separo por grau de dificuldade e urgência em resolvê-los, e sigo com um passo de cada vez.

-Quando sinto que preciso de algum tipo de suporte, eu procuro aliados que possam me ajudar trazendo uma perspectiva diferente, uma solução mais criativa do que a minha. (Às vezes uma boa terapia ajuda muito!)

-Outra coisa importante: ficar parado no tempo e no espaço só dificulta mais a vida. Então, eu me movimento da forma que dá. Mesmo que seja uma caminhada dentro de casa, subir e descer a escada, pois sei que isso vai me ajudar a reduzir o estresse e aumentar a minha resiliência emocional.

-Quando começo a me sentir frustrado ou triste em face das dificuldades, o que é absolutamente normal, dou um chega pra lá nesses sentimentos, muitas vezes me apegando a um bom livro para me desligar.

É importante lembrar que o sofrimento faz parte da vida e muitas vezes é inevitável. Mas quando aprendemos a lidar com ele de forma saudável e construtiva, podemos crescer e desenvolver nosso potencial humano. Afinal, como diz o ditado, o que não nos mata nos fortalece.

Por exemplo, quando vou fazer qualquer procedimento cirúrgico, do mais simples ao mais complexo, programo o meu pensamento para só emitir ondas positivas, de que serei bem-sucedido, não vou sentir dor, não vou sofrer, a recuperação vai ser maravilhosa.

O sucesso acontece primeiro na minha mente. E eu repito “vai dar certo, vai dar certo…” durante os dias que antecedem a resolução do problema até a exaustão ou até os olhos se fecharem de sono.

A vida só tem espaço para pensamentos positivos, por que do contrário, ela fica difícil de ser levada, ou morremos antes do tempo.

Não podemos nos apegar com “verdades verdadeiras” – pois elas podem ser mentiras. Precisamos checar as informações antes de passá-las adiante.

A minha verdade é enfrentar os problemas, sim, de frente, mas sempre com o pensamento de que irei superá-los, ciente da verdade dos fatos, pois dessa forma, no que depender de mim, a vida vai voltar à normalidade.

Se vou fazer um exame para verificar a gravidade de um problema de saúde, por exemplo, eu preparo a minha mente de que o resultado do exame não vai me impedir de seguir a minha vida, com brilho nos olhos.

O pessimista é um sofredor, por isso sempre procurei ser uma pessoa positiva. Desde criança, quando ensaiava para pedir os presentes que queria para os meus pais, nunca imaginava que receberia um não.

Já contei aqui em outras postagens que meu sonho juvenil era ser um médico renomado, mas quando meu pai pediu que cursasse engenharia química industrial por ser mais pertinente com os negócios da família, não fiquei resmungando pelos 4 cantos, mas sim, comecei a pensar que deveria me preparar da melhor forma possível para corresponder às expectativas dos meus pais em relação à longevidade dos negócios da família.

Por isso, anota aí:

A chave para evitarmos sofrimentos desnecessários gira primeiro na nossa mente e está sempre ao alcance das nossas mãos.

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